domingo, 29 de dezembro de 2013

ANDORINHA-DE-SOBRE-BRANCO.

No espelho do rio
campeia o sustento
este taura
como pala ao vento
andorinha-de-sobre-branco
com um imenso talento
de volver cada ano

sem nunca se perder no tempo.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

NATAL.

Pensei em fazer um verso natalino
falando do grande homem que foi Jesus Cristo
ele nos mostrou que Deus esta no amor e na simplicidade
e jamais no dinheiro e na vaidade
ele nos ensinou a amar,nos ensinou a orar
apesar de não ser adepto do cristianismo
admito 
admiro nosso Hermano
que entre o povo
foi nosso melhor amigo.

Desejo a todos um feliz natal.
tambicú.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

SECA.

Na água limpa,na água suja
 entre Juncos e camalotes
esta esperando a tarucha
pronta pra dar o bote
nesta campanha de deus
a vida campeia a sorte
pois já faz um mês
que essa imundícia não chove
correnteza já não existe
nas possas peixes morem
os grandes foram embora
na grande jaguarão

o juncalzinho chora.


taraira
jundia.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

QUERO.

Eu só peço a deus
que olhe o pasto nativo
a razão de mi bida
por que tenho mais carinho
quero ver o campo verde
com as emas pastando
as criaturas vagando
livres por criação
quero dar liberdade
ao que guarda o coração
quero que a verdade amadrinhe
a o que fala minha canção
quero escrever poesia,sem que me falte inspiração
e ver a vida dos pampas,com um Bueno chimarrão.  


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

LEBRE EUROPEIA.

A quase trezentos anos
conseguiu de fato
se espalhar pela pampa
este europeu nato

esta em cada campina,em cada mato.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

CANTO.

soro.
Quando canto a terra minha
com ganas de payador
vejo o sol nas campinas
sinto o perfume da flor.

ouso o berro do soro
ecoar no campo aberto
e uma lebre a buscar socorro

numa moita ali perto.

domingo, 15 de dezembro de 2013

O REI.

carancho.
Vou contar uma historia
que se ouvi-se
diria ser lorota
mas que de fato presenciei
o reinado de um rei
que com sua prenda lida
tocou o terror nos campos
de minha esmeralda querida
em três anos,dose filhos criou
com muito esforço,dose bicos alimentou
matou pássaros,soritos,tatus e burregos
não havia o que bota-se medo
naquele casal de caranchos
que escolheu um pinheiro

para erguer o seu rancho.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

TERRA.

A terra mata a fome
a terra gera a vida
a terra fez o homem,e tudo que ele cria

a terra é nosso nome,nossa madre,é nossa sina.

caminheiro-de-unha-curta.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Este meu canto fronteiro.

Meu verso é o vento sunindo ,nos campos deste pais
é o vôo do gavião mouro,é o asubiu da perdiz
uma guitarra chorando com essa milonga que fiz
sempre cantando o chão
do campo é sinuelo
gauderio por devoção
cria de Martin Fierro
e desse jeito se vai
sem berço e sem paradeiro
mais largado que Sapucaí
este meu canto fronteiro
na divisa com o Uruguai,se boleou terra a dentro
e fez da pampa torena

o seu rude ensinamento.


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

FIGUEIRA.

Faço esses versos para a figueira grande
que no calor a vida se esconde
com sua sombra baguala,cobrindo a estepe
da fronteira é a mai copada,fortim da vida silvestre

berçário da passarada,a quem mando minha prece.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

na face do soro.

Na face daquele soro novo
eu vi a mim mesmo
sem guarita sem dinheiro
mas com um amor imenso
me fazendo seguir em frente
carregando no peito
um sentimento que poucos entendem
de ver as planícies pampeanas

cada vez mais verdes.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CANARIO DA TERRA.

Embrenhar-se na vegetação da estepe
se aproximar,mirar e atirar
desafio os caçadores de vida silvestre

 a conhecer a arte de fotografar.


terça-feira, 19 de novembro de 2013

JAVALI.

Nem tudo é como parece
ousa bem o que eu digo
o javali é silvestre
mas para flora e fauna é um perigo
mais um animal estrangeiro

pelo homem introduzido.  


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

LONTRA.

La adiante se viu
um vulto passeando no rio
e com um peixe na boca
de vereda surgiu
mastigou,o engoliu
e assim como veio

sumiu.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ANU-BRANCO.

Seu canto nos remete
a historia do continente
sul a norte,norte a sul
o anu branco esta presente

cantando pela America do sul.

domingo, 10 de novembro de 2013

Pimelodus maculatus.

O que esconde as profundezas?
mistérios que tenho certeza
atiçam a imaginação
grandiosa natureza do fundo do Jaguarão
tamanha riqueza

que foge de nossa noção.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Furnarius rufus.

Para o despertador de campanha
não tem tempo feio
canta na chuva
faz jus ao nome barreiro
ergue rancho em palanque

e pra china é seresteiro.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

SAVACU.

Deis de cedo
o jovem savacu vai aprendendo
no rio jaguarão
dos pescadores tirar proveito
e assim,desse jeito

conseguir seu alimento.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

PARDAL.

Cantam toda hora
hora aqui ,hora lá 
para mim não importa
pois a felicidade só existe
onde a vida bate a porta.

domingo, 3 de novembro de 2013

JOANA.

O terror dos lambaris
tem nome de moça
o bicho é pequeno
chamado joana
mas abocanha sem medo
o peixe que der sopa.
joana.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

FALCÃO PEREGRINO.

Nos pampas
o falcão peregrino esta a voar
oriundo da America do norte
sempre pronto para matar
veio aos pombos tirar a sorte

e sua vida infernizar.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

EU.

Posso morrer cem ter juntado um centavo
mas sei que meu nome sera lembrado
não pelo meu sangue,mas por meu trabalhho
por ter divulgado a estampa

das riquezas que guardam a pampa.
Quéro-quéro.

sábado, 21 de setembro de 2013

SARACURA-CARIJÓ.

Entre a masega estava escondido
ao me ver sai de fininho
me espantei ao ver aquele bicho
por estar quase extinto me da dó
mas estou feliz por ter visto

a saracura carijó.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Enchente do Jaguarão.

Subiram as águas
aumentando as maguas do quéro-quéro
inquieto
no teto busca abrigo
tomado de solidão
pois sabe que seu ninho

foi engolido pelo Jaguarão.
Quéro-quéro.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Ladrão de ovelha.

A ovelha desaparece
o puma
é chamado de peste
como se tivesse escolha

se já não encontra fauna silvestre.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SERIA JUSTO?

Seria justo?
crusifica-lo  por não produzir e não pagar imposto
como se tivessem perguntado  ao índio se estaria disposto

a se curvar ao capitalismo implanto pelos branco.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

oque acho do capitalismo.

Mais nobre a vida de um selvagem
que peleia por liberdade
do que a de um covarde civilisado
que do capitalismo imaginario
não passa de um escravo.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

peleando.

Sou obrigado a falar
não justifica o dinheiro
a ema matar
como se o estrago pequeno
fosse capaz de tirar o sustento.


Não consigo admirar a pessoa
Incapaz  de perde um culto
sem um pingo de respeito a nada que respira
jurando de pés juntos
amar a deus a qualquer custo.





sexta-feira, 26 de julho de 2013

ILUSTRAÇÃO.

Para ilustrar
campeio cada detalhe
se a internet falhar
só me resta perguntar a pampa
privilegio de morar
perto de onde o tarã canta
pois não falta inspiração

no lugar que minha alma se encontra.     

quinta-feira, 25 de julho de 2013

FRIO.

Só mesmo o tartaranhão
para domar o vento
que assola este chão
e encaranga o pensamento.

Esperança de  primavera
combustível para o quera
que para o minuano não se entregua.

Se o planosolo é o sustento
do  pecuarista,sojicultor e arrozeiro
es para o poeta sinuelo
com campos varsias e serros.

 Eu aseguro
que o frio de reguiar cusco
faz morada nesse chão
tanto tempo aqui fazendo morada
que já se diz morador
deste pago chamado Jaguarão. 

O frio é caborteiro
a saudade de janeiro
bate forte no peito
mas o frio é necessário ao campo
para que cada broto tenha mas força na primavera
fazendo desta pampa
ainda mais bela.


Se o minuano que põem medo
fosse mesmo impenetrável
esta campanha de deus
não conheceria os filhos seus.

O chimarrão
nas mãos de um observador
com uma pampa a seu redor
o vento vira voz
e se doma ao meu verso
pois mesmo com fúria
como o minuano
é só paz que peço.

Por viver no fundo de campo
muitos tauras conheci
e com eles aprendi que o vento
pode se contatempo
mas o campo por tantas almas adorado
foi semeado pelo minuano
que não merece ser difamado.





   

domingo, 14 de julho de 2013

MEU VERSO.

Talvez meu verso lhe desagrade
pois  por ser chucro ,do povo não faz as vontades
meu canto
sempre fala do campo
talvez porque em mim não encontro a ganância da cidade.

Meu verso é cochicho ,cardeal e barreiro
é seresteiro das manhas da querência
e com decência vou versejando a pampa charrua
com esse poeta não se iluda
pois por ser Fierro meu canto

sempre canto opinando.   
cochicho.

sábado, 13 de julho de 2013

Canario da terra.

Em liberdade o canto é mais belo
em liberdade
canario canta a verdade
engaiolado é poeta na cidade
cantando a saudade do pago.

sábado, 6 de julho de 2013

pampa.

Remecho o fundo do peito
onde essas coplas florescem feito carqueja no verão
com satisfação esse gauderio agradece
pois quando penso em ti
jamais falta imspiração.

É parada obrigatória
de miles de aves migratórias vindas do norte
felizes pela sorte de encontra-la   pampa
a ti esse gaucho canta
pois assim espanta a saudade
que me atormenta na cidade.

Canto ao campo imenso e plano
terra rude do gaucho pampeano
entre Rio Grande,Uruguai e Argentina
essas divisas que a vida desconhece
se ao cantor es proibida
pero nunca te esquece.

 
ema

quinta-feira, 4 de julho de 2013

fazendo verso.

Certa feita uma guria
em uma volteada me acho
de vereda pergunto
que estas fazendo assim?
bombacha de brim abotoada
e um par de alpargatas veiacas
home do céu não percebes
que la fora tem uma baita geada.

Sem vergonha respondi
carrego unha encravada
mas foi para enrolar,e encurtar o asunto
na verdade sou índio chucro
criado la na serra
frio jamais me atropela pois com ele cresci junto.

Se o minuano serrano
a muitos prende em casa
a mim és um comvite
de no campo da uma passeada
pois é bem ali,que vejo a passarada
e a flora e fauna bendita
do fundo da invernada.

E é bem assim,fazendo versos a Deus
que aos amigos que fiz
vou deixando meu adeus
vou voltar la pra fronteira
tomar banho frio
       e torrear tarucha matreira.
pé vermelho.




terça-feira, 2 de julho de 2013

TERO

Talves só seja payador
por conter as inquietudes dos teros
que madrugam sus  medos, de perder La tierra
para defender suas vidas

em La noche prosiguen alertas.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

De novo.

Cegue a passar o tempo
Recordando do vento e do mormaço
Do pasto e da planura
Hoje vivo em amargura preso na cidade
Remoendo anciedade de volver a La campana
E matar essa saldade tirana
De meu peito
Com sismas de Martin Fierro
Para defender a pampa
e reencontrar minha alma em sua estampa
perdida na campanha.

Tenho muito que fazer
Tenho de escrever e desenhar
Conhecer e olvidar
Por aquele solo pelear
Pois nem se pode acreditar o que duas semanas podem fazer
Por mais volteadas que me careguem
Não consigo esquecer aquele fundão
Onde abunda o perdigão
E o soro em contraponto
Ao lembrar já me encontro
De novo a cantar-te  Jaguarão.
 
perdiz.




EMA.

Para defender uma reliquia,fiz esta ilustração
peço a tupã que não permita,que a ema vire ilusão
que continue a abitar os campos
das  bandas de Jaguarão.


sábado, 29 de junho de 2013

CANTOS DA NOITE.

Oque mais sinto falta no entardecer na cidade
es  algo tão simples
mas de valor incontestável
é o coachar
que por esta altura,aos poucos  iria começar
parece que ouso na baixada
mas são inquietudes de minha alma
nem mesmo a suindara rasga a noite
somente os carros em algasara
que lida aporeada
porem me agrada pensar
em uma semana regresar ao rincão
poder ouvir de supetão não só a lechusas
mas toda a fartura de vida que esconde a noite
julho,é tempo de corte,do corujão dos pampas
quero volver a campanha e ouvir o bubo
que ecoa no campo sujo
em vos de namoro
poder sentir de novo a força da terra
que o homem despresa na cidade
minha única vaidade
são os cantos da noite
não ouvilos ,um baita asoite no peito desse gaucho.
rã crioula.



quinta-feira, 27 de junho de 2013

Verso emprovisado.

Com um verso emprovisado
barreiro
trago o pago aonde estou
pois por ser um payador,mato a saldade pondo campo pra fora
pois já é de outrora,cochichos cantam em mim
e com orgulho canto o lugar de onde vim
da pampa veia torema
do mundo és o mais belo jardim.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Aves Campanha.

É com muita dedicação
que nos campos de Jaguarão
usando do bardwating e da ilustração
que crio o progeto avescampanha
pra pelear pela concervação e divulgação
da avifauna da pampa
lhes digo com muita fé
seja oque Deus quiser.
savacu.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ta aqui minha contribuição.


Pode matar a cobra,porem se ouver ratos,aparecerá outra
se peleaste contra um inimigo em um ambiente que o favoreça
tua peleia foi a toa.
Não  há honestidade,se não baseada na verdade
hoje vejo nossas necessidades retratadas em uma linguagem imaginaria
enquanto quem ditar as regras for o dinheiro
não haverá governo que a ganância e vaidade não sucumba
o povo brasileiro foi pra rua
para o campo de batalha
meu protesto é em verço,assim tenho mais força
de nada adianta o voto
pois não emporta quem se candidate
se recebe por governar,não me passa confiança
onde há dinheiro a lambansa.


MEU SANGUE ME DESCULPE,MAS TENHO ALMA CHARRUA.

Penso no tarã
que canta a manha e o dia,bem junto as sesmarias
Escondido no capinzal a narceja
com  sua beleza diferente
ainda carrego na mente os tempos de campanha
o peito se asanha ,ao pensar em vela novamente
sentir o inverno indo embora,com a passarada em gloria
a se aninhar na vegetação palustre
irerês,jaçanãs e copororocas
quero ver a vida no fundo da grota se multiplicar
sentimento que só poso explicar em  verso
és meu protesto pela pampa
pois de nada adianta a ganância
lhes conto a realidade
não vale a pena,destruir um ninho de ema por três metros de soja
três anos e quase quarenta vidas jogadas fora.
Penso no campo de outrora
que por milênios sustentou o charrua
que em guerras por ele lutou dia após dia
muito me admira,o povo de hoje em dia
o negosiar assim no mas por pila.
Meu verso é o campo imenso e plano
que esconde em seu manto caminheiros e arredios
riquezas que jamais se viu pelo norte do Brasil
beleza tamanha

endemica da campanha.  
carancho.

domingo, 16 de junho de 2013

MEU PAIS

Fui parido com a missao,de defender o campo nativo
As flexilhas e tudo que guardao as sesmarias
Um arroio cortando o campo de tardesinha
Calor atisando as tarariras
Em vez de florestas ,estepes cheias de vida
Gigantesca diversidade que o Brasil tropical desconhece de verdade
Outra cultura,outro Brasil na realidade.

A força incontestável do minuano
Que imbrutece ainda mais o paisano
Que entrega seu sustento ao campo
A barba de bode ,a grama forquilha
A qualquer que seja maçanilha  que enfeita meu chão
Maria mole aumeirao
Carqueja  ou suja campo
Meu verso mostra o espanto
Ao ver o anonni se alastrando
O tojo me tapando de nojo.

O homem desastrado,tentando se passar por sábio
Mimoso engorda o gado,anonni lhe atora os beiço
Mas não só lamento peleio
Pois tenho orgulho de dizer de onde venho
Sim orgulho
De meu gaucho canto
De meu timbre pampeano.


sexta-feira, 14 de junho de 2013

capim mimoso

Quero de volta o silencio
que o campo traz a meu peito
o dia se achega manso
o sol vai alumiando o campo,revelando o capim mimoso
chimango canta com firmesa
onde reina suprema,natureza
quero soltar o cusco e me bolear naquele fim de mundo
que é tudo que tenho de riquesa
a certeza do cantar das seriemas ,embelezando aquele meio
na cidade barulhenta,se fazem crescentes os anseios
será que quando deixar de ser moço,ainda poderei vê-lo?
o campo e seus segredos,o alvoroço  dos vira-bostas
a lida na roça é puchada
mas muito mais me agrada a inchada do que o cimento
lamento em ver o chimango na cidade sofrendo
onde voa, voaste com medo
com incerteza em seu peito
dependente de um restito de potreiro
de grama rasteira,sem mimoso com trevo apenas
e a ver as penas que trago de peleias em meu pago
me recordo de bom grado

do tempo do campo abençoado.
chimango

quarta-feira, 12 de junho de 2013

COM O LÁPIS EMPUNHADO.

És minha espada,com ele não só desenho
o lápis é a minha arma que em verso eu me defendo
empunhado feito adaga,da ignorância quebro o queixo.

Quando o tenho entre os dedos,eu retrato minha terra
da infância em Esmeralda,relíquia daquela serra
desenhando pinheiros e guamirins
pois nesse meio cresci,e na Lages descobri que sou chucro payador
e tendo o lápis na mão sou minuano aonde for.

E com o lápis na mão,eu não brinco em serviço
porque tenho o compromisso de defender o meu chão
usando da tradição em prol da conservação
daqueles juncais e pradeiras das bandas de Jaguarão.

Sou o soro da noite,de dia gavião do banhado
meu verso é alagado,é secura de verão
é o coachar das rãs em varseas da fronteira
com o lápis empunhado sou poeta a vida enteira.

Quando o seguro firme não mão
no então as semarias, se transportam ao papel

pois  é com desenho e verso que eu me aproximo do seu.
gavião do banhado.

terça-feira, 11 de junho de 2013

EM NOME DE VALENTES.

Entao se encomoda por nao fazer direito o que a sociedade pede?
Veja o quéro-quéro valente
Que hoje pousa onde odeia
Peleia acordado  madrugada adentro
Para não entrar em devaneio neste meio asombroso
Mas não entrega  de mao beijada para os humanos
A terra de seus antepassados
Lageanos de fato
Pergunte a quem tem conhecimento
Se os pernautas não são guapos
Se precisam de diploma para provarem ser guerreiros
O campo pode estar picoteado
Mas no seu peito ainda o guardam
E quando pousarem e cantarem entre a sociedade
Veremos a estampa altaneira
De quem conhece o sabor de uma peleia
E junho se achega junto ao namoro dos sentinelas
Que de novo iram aninhar onde o povo não lhe quer
Quero-quero não é dono da terra mas sabe quem é
O nosso pai é o mesmo
O mesmo do campo
Hoje pequeno potreiro
Que de novo versejo com orgulho
Pois como o quero-quero,fazendo barrulho

Que ganha força meu protesto.

sábado, 8 de junho de 2013

Prosiando com tupã

Che,fique a vontade para me chamar de louco
por sevar  meu mate antes do dia clarear
mas devo confessar ,que nesta hora tupã me informa
o que irei escrever,ilustrar e pelo que deverei pelear
me vem recuerdos  de boms tempos
ouvindo o barreiro mateio com alegria
pois sei que essa prosa em silencio é a mais importante do dia.
Posso não ganhar um sentavo pelo que faço
mas sei que quando morrer,deixarei um belo legado
de peito aberto,retrato a pampa em verso
e a muitos desagrado
mas é defendendo o que amo

que me sinto realizado.
POMBA CARIJÓ

sexta-feira, 7 de junho de 2013

CARPA



Este peixe pode ser bonito
mas duvido que sejas mais lindo que nossa fauna aquatica nativa
de juncais e tarariras
pois sei de esperiencia propria
que se seu cultivo nao for bem manejado
toda a fauna do lago,se vai pelo ralo.
pode ser de meu agrado
quando me boleio a vera d'agua para pesca-lo
e confesso que a anos que o crio em aquario
porem,ao ver os aguapes,agua limpa,guarus,lambaris,joanas,jaçanas,
odonatas e efemeras
a carpa,a carpa eu quero bem longe
pois sei do que é capaz
a agua limpa se vai
as odonatas tambem
a vegetaçao aquatica,éssa vira história 
e aquelas pescarias de tararriras a mosca ficam só na memoria
nada contra seu cultivo
mas digo isso porque sei dos problemas ireversiveis trasidos, por especies exóticas
ou o agricultor vai dizer que gosta do javali?
perder sua plantasao só por poder caçar?
duvido.
e digo mais,tudo que conheci no rincão é lindo de mais
para ser perdido para um intruso
e não quero ver o lago sujo pelo forasteiro
eu respeito o inimigo mas amo nossa fauna
e sei que ela faria muita mais falta
que esse peixe chamado carpa.
carpa.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Para meu irmão

Talvez ele nao me entenda
Porque me busca em bailantas e vaneiras
Não vê minha alma em corticeiras
Juncais e pradeiras
Jacurutus em noites de lua cheia
Meu pensamento anda estraviado sem um pingo de duvida
Onde emas ainda criam
Pampa úmida é minha sina
Campanha é meu destino.

 
coruja burraqueira.