Trago na alma cheiro de sesmarias
de araucaria da serra .
Alimendo um amor sem igual pela minha terra
e mesmo distante dela
seus encinamentos nao me abandonam
pois meu corpo mostra a estampa de um guarani
observador da pampa e da curi
desta terra abencoada
trago sorte cravada
por ser cria do fundo da grota
sou seriema que choca na veira do mato
sou aquele gato chamado puma
terror dos ovelheiros
por devorar seus burregos
sou o carancho das pradeiras dobradas
sou sorro das canhadas
mas matreiro que muito vivente
armado até os dentes
de fé pelo criador
e por louvor a ele
jamais perco a cede de pelejar com amor.

Metendo verso no campo

Horario de verão

dias mais longos 

trago no lombo

a ansia de me bolhar para a estancia

e me banhar de sesmarias

ver a pampa sulina senso mapeado por um macho quiri-quiri

pai exemplar

que peleia pra alimentar sua prenda e suas crias.

 A mas que vontade de me entregar ao campo de tardesita

ouvir os pirilampos

os barulhos da noite linda 

sem carros, sem folia

apenas a sinfonia

da suindara em procriacao

fazendo as noites do meu rincao ainda mais bonitas.

Sexta feira.

A vida continua
pois a chuva que aqui despenca
a vida fomenta
trazendo esperanca ao mundo
damo um novo rumo
a quem peleia por ela
buena sexta feira
mais um dia para viver
mais uma peleia para vencer.

Silencio

Silencio
sinfonia das mais lindas
ao escutar-lo vemos nossa alma
pois é so na calma e na natureza
que encontramos a beleza
com certeza é nestes momentos
em finais de tarde
que a gana dentro de nós arde
pedindo bolada
para mais uma invernada
junto aos seus

neste mundão de deus.

tarde molhada

A estrada mostra um rio
e nem mesmo o asuvio do chimango
ecoa nesta tarde
a chuva que aqui arde
estragando nossa vontade
mas que na verdade
vem por motivo nobre
 vem trazer ao pobre
esperanca de dias melhores
mesmo parecendo sem sorte
ou uma tarde perdida
sem ela o que aparece é a morte
a água bencao divina
deus nao a mandou ao acaso
pois veio trazer o afago
a semente que dela necessita

para demostrar o quanto estas viva.

Prosa seria .

Adimito cer um viciado
 viciado em uma droga sem cura
quando esperimentei fui a loucura
e hoje em dia nao vivo sem
eu nao sei direito quando foi
que me intreguei
a este caminho sem volta
de ver o mundo em minha volta
com incondicional respeito
e no meu peito carrego amor pela natureza
e digo com certeza que sou um viciado
quando me boleio pelo mundo
procuro
em cada canto
e ouso os cantos
até mesmo de madrugada
com orgulho afirmo

ser viciado em passarinhada

Ansias da tardesita

Num fim de tarde a lembranca
da vida quando crianca
ao ver a natureza la fora me encho de esperanca
de um dia de novo
poder viver solto
como a andorinha que voa.

mateando pra ocupar o tempo.

Nunca estou só
quando estou com a natureza
observando esta beleza
nao me bate a tristeza
claro que gostaria
de estar fazendo o mesmo em meu rincao
em meio a imencidao
dos campos dobrados
me sentindo lado a lado
com o gaviao
que campeia refeisao
em meio as carquejas.
Mas mesmo aqui
a natureza se mostra demasiadamente forte
agradeso a deus pela sorte
de ser visinho
 de um casal a construir seu ninho
que adoro encomodar em minhas tardes
me pondo a observar

a pardadalada a se multiplicar.

A sinfonia da escuridao

Trago na estampa
as noites quentes da pampa
na calmaria o silencio sagrado
feliz e abencoado
quem ouve esta melodia
ou o minuano rusguento
corta as sesmarias
provando a rusticidade
de suas crias que vivem na penumbra
em quanto seu destino ruma
numa peleia bruta mas bela
comprovando resistencia

dando continuidade a vida na querencia.

A dona do banhado.

Para matar a minha ancia
me bolhe para estancia
com alma de crianca
em festanca de comilanca
mosca na agua
em um banhado escondido
a tu leitor digo
que os preveres de outubro
se confirman

um streamer vermelho
salta sobre a vegetacao
e no minuto de desatencao
um monstro lhe pucha para dentro dagua
como num filme de terror
mas a min vem a alegria
com uma corrida perigosa
deixando a cusca nervosa a asistir a peleia
que no matagal se acusede
mas é o predador que perde o folego
me trazendo de novo
um sorriso de mosqueiro
que des de fevereiro
nao me trazem as taruchas
malvadas dentusas

rainhas do banhado.

outubro

Bem vindo outubro

que venha trazendo sorte

calor e taruchas de bom porte

como no ano passado

foi de muito agrado

os dias passados 

na beira do lago

para um mosqueiro gaucho

outubro vem chucro

mostrar a primavera

nao vejo a hora de me bolhar a minha terra

para um bueno dia encima da serra.