segunda-feira, 29 de abril de 2013

Em prol de um amigo.


Posso explicar , diz os olhos do soro
Que de novo é arrastado
Para as bandas do povoado
Buscando matar a fome com caques e galinhas
O que me asucrina é o homem
Que lhe tira a vida
Não percebe que seu mundo foi destruído
Que o maior perigo não é a espingarda
Mas fauna que já não existe
O soro apenas insiste pra sobreviver
Como qualquer ser que deus (tupã) neste mundo colocou
E não foi o soro quem o modificou.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O CAMPO.


Me ponho a pensa,r vendo o campo florido
diverso e lindo
em um tempo antigo
onde o vento ditava o ritmo da vida
a terra era cultivada pelo minuano
asteraceas e poaceas dominavam o campo
com cor e beleza.
E o gado criado com destreza por entre a pampa
Me boto a pensar o que será de quem dele depende
Será lembrança  somente.
Ao trotear por estes fundos
Vejo o mundo de maneira diferente
O veado caminha
Desconsolado por entre a soja madura
Me pergunto se conheceu a fartura que as sesmarias ofereciam
Ou talvez o dinheiro lhe de abrigo?
Não consigo
Imaginar que o homem pode trocar
a vida que deus criou
que só pode ser plena se pudermos sentir
a natureza
Pudermos ouvir, cheirar, observar
este é o recado que quero deixar.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

coisas simples.


Ao ver pessoas reclamando de coisas tão  idiotas
Um recuerdo de vereda brota
duas semanas na campanha
um aprendisado que sempre me acompanha
sem luz sem água quente
somente fé
e uma pampa de pé lutando pela simples existência
naquela querência senti mais forte a presensa  e importância das coisas simples
no bareiro que faz ninho com areia
em cada possa uma traira
quem diria que em lugar tão inóspito a felicidade moraria.
barreiro.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

GATO DO MATO.


Andando pelo banhado
meu cusco matreiro
de vereda sente o cheiro
saltam dois filhotes brasinos
logo digo são soros
mas pra meu espanto pareciam felinos
e se alvorotaram na macega
mas meu cusco não se entrega
e levantou o gato
mostrando quem era
o gato-do mato.
Leopardus tigrinus

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Minha adolecencia.


Cresci entre as carquejas e a grama gesuitica
comendo pinhão cru, quebrando arapuca de pega cutia
pois amo essa terra como amo minha alma
chamado curupira da serra
filho de tupã não se intrega em peleia braba
quando a ignorância não da trégua
no reino das sesmarias dobradas.
tico-tico-do-banhado.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

5 da manha.


O amargo verde de madrugada
traz  anseios e a certeza  
que a manha se achega relampindo esperança
com seu poncho de luz encobrindo a querência
bombiando vida ,e a beleza das coisas simples
que o índio insiste em não deixar
pois jamais será capaz de agradar o povo de hoje
preservando os amores por tudo que tupã pos no mundo
principalmente sua alma
pois sabe que a sociedade jamais poderá compra-la.
 
curicaca.

terça-feira, 2 de abril de 2013

cabajo


Fico a observar o visinho cabajo
no pequeno terreno confinado
Corre  em círculos
 deserto a recordar de piasito
da liberdade do campo largo
liberdade
liberdade que hoje  nao  encontras na cidade.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

triste pensamento.


O Rio Grande pena na presença de um inimigo
aqui introduzido achando-se ser bom para o gado
mas quem o fez estava errado
trata-se na verdade de um baita desgracado
que não é mais bem vindo
anone é o nome do caborteiro
capaz de tranformar a vida diversa do potreiro
em um triste mesmismo sem graça
gostaria de ver bem longe esta desgraca.
Quem conheceu a divercidade de cores do pampa
não se conforma que vire lembrança , tamanha beleza
tenha certeza amigo, que faria de tudo
pra que este intruso
pare de trazer incertezas
neste pago de grandiosa natureza.