quinta-feira, 20 de junho de 2013

MEU SANGUE ME DESCULPE,MAS TENHO ALMA CHARRUA.

Penso no tarã
que canta a manha e o dia,bem junto as sesmarias
Escondido no capinzal a narceja
com  sua beleza diferente
ainda carrego na mente os tempos de campanha
o peito se asanha ,ao pensar em vela novamente
sentir o inverno indo embora,com a passarada em gloria
a se aninhar na vegetação palustre
irerês,jaçanãs e copororocas
quero ver a vida no fundo da grota se multiplicar
sentimento que só poso explicar em  verso
és meu protesto pela pampa
pois de nada adianta a ganância
lhes conto a realidade
não vale a pena,destruir um ninho de ema por três metros de soja
três anos e quase quarenta vidas jogadas fora.
Penso no campo de outrora
que por milênios sustentou o charrua
que em guerras por ele lutou dia após dia
muito me admira,o povo de hoje em dia
o negosiar assim no mas por pila.
Meu verso é o campo imenso e plano
que esconde em seu manto caminheiros e arredios
riquezas que jamais se viu pelo norte do Brasil
beleza tamanha

endemica da campanha.  
carancho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário